domingo, 25 de maio de 2008

Ações Terapeuticas Ocupacionais na Hanseniase


Na Hanseníase o Terapeuta ocupacional é um profissional de suma importância no cuidado a estas pessoas, na clínica, na reabilitação, no follow-up durante o tratamento e pós-alta. Usualmente há um fluxograma a ser obedecido nos Programas de Controle da Hanseníase onde o profissional insere-se. No Hospital Aquiles Lisboa procede-se da seguinte forma: Para cada tipo de demanda paciente (espontânea, detectado em busca ativa, encaminhado por outro órgão, outros reingressos ou transferido) claro há um procedimento, mas vamos considerar aqui a demanda espontânea que é aquela na qual o paciente procura a Unidade de Saúde por sua livre vontade.
A primeira consulta é da Enfermagem onde serão logo feitos os testes de sensibilidade cutânea, o mapeamento das lesões, a coleta da história pregressa e se há casos da doença na família, entre outras informações importantes que se colhe habitualmente com a HDA e Anamnese clínica.Este paciente é então encaminhado imediatamente para a realizar a Avaliação Neurológica e agendado a consulta médica de preferência neste mesmo dia.As avaliações Neurológicas são de competências de qualquer profissional de saúde, desde que esteja capacitado em Ações básicas para o controle da hanseníase e no Caso do Hospital Aquiles Lisboa são os Terapeutas Ocupacionais, Fisioterapeutas e Enfermeiros que realizam esta ação.
Após diagnostico médico, o paciente vai ser atendido no Programa de Hanseníase onde será preenchida a ficha de notificação (SINAM) por ser um agravo de notificação obrigatória, será administrado a dose supervisionada da primeira dose de PQT de acordo com a classificação Operacional (PB ou MB, adulto ou infantil), será elaborado um cartão de aprazamento em duas vias (uma fica na Unidade e a outra será entregue ao paciente),serão feitas todas as orientações sobre a doença,e sobre possíveis efeitos colaterais e condutas a serem tomadas.Este paciente receberá então o restante da cartela de PQT com as doses que serão auto-administradas num período de 28 dias, devendo o paciente retornar todos os meses de seu tratamento (seis ou 12 meses, conforme a forma clinica).Geralmente há necessidade de muitas informações, o paciente muitas vezes tem muitas dúvidas, cultiva crenças errôneas acerca da doença etc. Claro que não podemos "bombardear" o paciente com informações então priorizamos as que ele mais necessita no momento sem esquecer de anotar na evolução clinica quais as orientações fornecidas, pois este paciente será atendido por outros profissionais da equipe que necessitam saber o que já foi repassado ao paciente da é necessário repassar, por ser um trabalho em equipe, as informações são sendo dadas por todos os profissionais que podem inclusive monitorar as fornecidas e acrescentar as que ainda não foram dadas.

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